31 maio 2007

Detalhes tão pequenos de nós dois

Tava pensando na biografia-ilegal-proibida do Roberto Carlos e sempre quando ouço falar do assunto fico imaginando o quanto os brasileiros gostam de fazer de um caso um grande acontecimento.
Para falar a verdade, o rei que nem tem tanta majestade assim, é cheio de manias irritantes. Minha mãe ama suas músicas assim como minha avó amava, aí eu cresci ouvindo e sei uma porção delas. Eu até gosto daquelas mais tradicionais, mas que o cantor tornou-se um chatão de galocha ninguém discorda. Fiquei com pena do cara que escreveu. Sabemos bem que ainda há fãs do rei e que comprariam sua biografia e o autor ganharia muiiiiito em cima disso tudo, mas o rei fez um verdadeiro escarcéu na justiça proibindo as vendas do tal livro. Em uma entrevista ao observatório da imprensa, Paulo César, o cara que escreveu o livro, afirmou que propôs a Roberto que retirasse apenas os trechos de que não gostara, preservando o restante da obra para que ela continuasse a ser comercializada. É claro que RC não aceitou. Esta decisão somada à alegação de que sua história é de sua exclusiva propriedade, nos leva a crer que: qualquer que tivesse sido o conteúdo da biografia não-autorizada, Roberto Carlos seria contra e tentaria proibi-la. Como se a história de alguém fosse responsabilidade única e exclusiva dela mesma. Como se outras pessoas não participassem. Como se uma pessoa sozinha construísse sua história.
Qual será o próximo capítulo dos "desvios e distúrbios de personalidade de um rei'?"

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