04 agosto 2008

Chico Xavier - Um líder infinito

Francisco Cândido Xavier, o mais famoso médium espírita brasileiro, nasceu em Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, filho de uma lavadeira e um operário, em uma família de nove irmãos. Desde pequeno, ouvia vozes e conversava com seres invisíveis, principalmente com a mãe, que perdeu aos 5 anos.

No final da adolescência, confuso entre sua formação católica e as experiências mediúnicas, se interessou pela doutrina de Allan Kardec. O fato decisivo para sua aproximação com o espiritismo ocorreu no mesmo ano, quando uma de suas irmãs, desenganada pelos médicos, foi curada por um casal espírita, amigo da família. Pouco tempo depois, Chico escreveu um texto de 17 páginas com mensagens de “um espírito amigo”, recebidas por ele através da psicografia.

Em 1931, Chico fez contato pela primeira vez com o espírito Emmanuel, que se tornou seu principal mentor. No ano seguinte, publicou seu primeiro livro psicografado, Parnaso de Além-Túmulo. Ao longo da vida, Chico Xavier recebeu mensagens de centenas de espíritos. Depois de Emmanuel, o mais importante deles foi André Luiz, que se apresentava como cientista brasileiro (para muitos, seria Oswaldo Cruz, pioneiro da medicina tropical no país).

Chico Xavier escreveu mais de 400 livros, entre romances, contos, crônicas e mensagens de auto-ajuda. Doou os direitos autorais a editoras espíritas e obras de caridade e viveu até os 92 anos com o humilde salário de aposentado do Ministério da Agricultura.

Em 1959, mudou-se para Uberaba, onde criou a Comunhão Espírita Cristã. Seu trabalho espiritual e assistencial transformou a cidade mineira em pólo do espiritismo. Caravanas de fiéis acorriam para lá em busca dos atendimentos do médium. Na década de 60, sua fama ultrapassou as fronteiras do país. Chico viajou pelos Estados Unidos e pela Europa divulgando sua doutrina. A saúde, frágil desde a juventude, foi se esgotando: tomado por uma debilidade progressiva, teve dois enfartes e, a partir de março de 1982, necessitou de acompanhamento médico permanente.

Chico Xavier recebeu mais de 100 títulos de cidadania no Brasil e foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 1981. Dez milhões de brasileiros endossaram a campanha, assinando manifestos e cartas. No final da vida, a fama e a debilidade física o obrigaram a um isolamento forçado. Morreu no dia 30 de junho de 2002.


PARA SABER MAIS
Livros
- As Vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior
- Nosso Lar, de Chico Xavier
- Coletânea do Além, de Chico Xavier

Fonte: revista Bons Fluidos

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