13 janeiro 2009

No hablo inglés

Falar inglês para mim sempre foi um bicho de sete cabeças (Essa palavra tem hífen? Meu Deus, como essa mudança ortográfica complica a vida da gente). Tenho um bloqueio com o idioma. Já tentei algumas vezes, desisti e classifico o inglês como uma das coisas que “não nasci para isso”.

Refleti muito sobre a minha resistência em aprender inglês:

Já me senti frustrada ao tentar me expressar em língua estrangeira.
Tem coisa pior que é cantar aquela música que você ama, ama tanto que até se arrisca a cantar em voz alta, mas algum desagradável insiste em te corrigir ou rir da sua cara. É, isso já aconteceu comigo.

Fui exposta desnecessariamente durante o período escolar.
Meu nome começa com a letra R, e o R é seguido pela letra O, depois o S e para piorar a letra I. Na minha classe como sempre teve muita gente, eu tinha a “grande sorte” de todos os anos ser a aluna de número 33. Imagina eu tentando falar esse número maldito em voz alta em todas as aulas de inglês...

Não fui com a cara e o ‘jeitão’ de algum professor.
Na época da escola, eu adora a professora. Ela era meio hippy, severa as vezes, mas gente boa mesmo. Até aprendi umas musiquinhas com ela. Mas os professores dos cursos de inglês, só por Deus.

Fui descartada de processos seletivos por não ser ‘fluente’
Nem gosto de comentar, empregos dos sonhos, empresas ótimas, mas eu não era apta. Argh.

Gastei rios de dinheiro no curso de inglês, e sempre me senti atrasada em relação aos colegas de classe.
Teve um curso, o último, que tive que pagar uma multa memorável por estar rescindido o contrato.

O fato é que essa é uma falha no meu currículo. E sofro muito por não ter, pelo menos, um nível avançado na língua. Dá até vergonha. Sorry!

Um comentário:

Elaine disse...

Ahh Rosi, por isso não achei, não tinha marcador...
Aiaiai, é complicado mesmo, sabe. Com toda esta experiência negativa que você teve, entendo sua aversão pelo idioma, mas sabe, não pense que você não tem esta capacidade. É lógico que tem, ainda mais você que fala o português corretamente e domina as regras, excessões, tempos verbais, etc de nossa língua mãe, que te garanto é muito mais difícil e complicado do que o inglês.
Eu, por exemplo, me formei em meu curso de inglês aos 14 anos de idade. Sabia as regras e vocabulário que havia decorado, mas falava e escrevia como um robôzinho. E só fui dominar mesmo o idioma e adquirir fluência, quando parei de tentar traduzir o português e comecei a pensar em inglês. Com o tempo, fui entendo as razões de cada estrutura, palavra, etc. É meio que pensar como eles pensam, aprender como uma criança de 2 anos aprende. Comigo deu certo. Mas sei que vc deve estar cansada de ouvir de outras pessoas que inglês não é tão difícil e não quero te aborrecer.
Você me lembrou minha cunhada, ela é executiva de uma grande empresa, é pós graduada, domina nosso idioma como ninguém e sofre com o inglês também.
Gostaria de te incentivar a tentar outra vez, mas que seja num momento que você esteja com disposição para tal, que isso não seja um sofrimento, motivo de embaraço em público (acho que isso é o pior).
Tem coisa que a gente deseja que fosse como no filme Matrix, não é? Só plugar na cabeça, fazer o upload e em questão de minutos saber tudo sobre tal assunto.
Bjs, Elaine