30 outubro 2009

Da série: Gente que faz

UMA MULHER PRENDADA
"De mão cheia" é uma expressão que indica abundância. E cai perfeitamente bem para Fernanda Ricchetti quando falamos em culinária. Mais conhecida como Nana, essa profissional de comunicação, após uma fase ruim de sua carreira, se jogou sem medo de ser feliz numa nova profissão e decobriu um imenso prazer em cozinhar. Aqui ela nos conta como consegue conciliar duas paixões de sua vida.

Uma profissional de comunicação na cozinha? Explica pra gente como isso aconteceu.
A vida é separada por etapas e acredito que todo mundo passa por uma crise dos trinta, eu passei aos 27 anos da minha vida e hoje ela acompanha delicadamente no meu trajeto. Me sentia incomodada por ser igual a todo mundo, não fazia nada em especial profissionalmente, não trabalhava mais com Comunicação, não tinha mais esperança de voltar a minha formação depois de várias entrevistas sem sucesso e me sentia um cocôzinho em meio de um esgoto público. Cansei da rotina "casa, trabalho, casa". Queria me descobrir como pessoa, mostrar que posso ir além do que eu já fazia. Me sentia triste, todo dia eu chorava por falta de expectativa. Nessa época me entupia de comida pronta e deitada na cama assistindo televisão, logo eu engordei. O meu marido era a pessoa que me deu o apoio e me mostrou o "caminho das pedras sem querer querendo". Na verdade, quem queria fazer o curso era ele e não eu, então, assistíamos os programas de televisão de vários chefes de cozinha. Eu me apaixonei por um, o Gordon Ramsay. Sim, o chefe de cozinha mais grosso que alguém já viu na telinha da televisão, porém, eu tenho um gosto estranho em questão personalidade, gosto de pessoas ogras, que não tem papas na língua e educadas quando tem que ser. Um dia, vendo a movimentação da cozinha reality show chefiada pelo Gordon Ramsay, me deu um estralo e falei para o meu marido "é isso que eu quero fazer, trabalhar em um restaurante! Ser chefe de cozinha". Fui até a Hotec, uma faculdade especializada em hotelaria e gastronomia próxima à minha casa, e falei da minha situação financeira, falei do meu grau de escolaridade (eu sou formada em Comunicação Social) e a moça me encaixou na melhor possibilidade: fazer os cursos de qualificação gastronômica e depois fazer os cursos de pós-graduação para começar a trabalhar com gastronomia. O curso de qualificação não era tão caro e duravam quinze dias o primeiro módulo, cheguei no trabalho e liguei para o meu pai "gordo, custa x e dá para parcelar por y, ficando baratinho para ambos pagar junto", papai fechou o acordo e fiz a matrícula. Comecei o curso e logo acabou, amando tudo aquilo, eu sentia paixão nos meus olhos e a certeza que era isso que eu queria viver. Logo eu fui ver as minhas economias e dava para pagar mais um curso e foi o que eu fiz, comecei o segundo módulo. Quando estava para terminar, comecei a chorar na empresa que eu trabalhava. A minha "chefa", viu a cena e perguntou "o que foi?", falei que só tinha metade do dinheiro do terceiro módulo e não queria parar, logo ela mandou o motorista particular dela tirar o dinheiro restante para pagar o terceiro modulo e me deu com um lindo bilhete, desejando toda a sorte do mundo. Parei no terceiro módulo e tinha mais três. Porém, percebi que não existiria mais diferença nos outros que eu aprendi, já que a técnica foram ensinadas nos dois primeiros módulos e os outros módulos seriam mais receitas, agora era comprar livros e estudar em casa. O meu professor chefe sempre pedia para comprar livros, entrar em sites e nunca parar de estudar a gastronomia. Logo, eu realizei mil pesquisas na internet e descobri o mundo do blog, me dando uma vontade louca de fazer um e dividir o que eu aprendia para as outras pessoas, surgindo o Manga com Pimenta. O blog foi a minha maior ferramenta psicológica: aprendi a lidar com a minha crise dos trinta, conheci pessoas, ensinei outras, fiz ótimas amigas que levo no peito, me realizei e me realizo como profissional de comunicação e cozinheira. Não mudei de profissão, tentei fazer produções para venda, porém requer tempo para preparação e demora muito tempo para conseguir lucro para se sustentar na pauliceia desvairada, continuo trabalhando no mesmo lugar quando comecei a fazer o curso de gastronomia, porém, me a minha vida mudou por causa da gastronomia e do blog.

Nana em ação na cozinha da faculdade


Como foi fazer um curso de aperfeiçoamento em culinária?
A Hotec tem uma diferença bem grande diante das outras faculdades de gastronomia, você tem um ambiente igual a um restaurante. Não existe ar condicionado, as bancadas são separadas por grupos e funções, o fogão é igual ao que se encontra em um restaurante real, o professor é o chefe da cozinha, ele nunca pegará na sua mão para te ensinar, ele sempre falava "já passei toda a teoria nos dois primeiros dias, agora é com vocês colocar em prática", no final da aula ficamos todos em uma bancada, ele experimentando e dando a sua crítica. Quando ele via algo feito errado, ele chamava o responsável da bancada e dava bronca. Era o mesmo ambiente que existe em um restaurante, porém, o professor não era um Gordon da vida, ele era super bonzinho. Como citei, as duas primeiras aulas eram teóricas, ensinavam cortes, temperos, higiene, alimentos, cultura, geografia, matemática e outras coisas, era uma aula demorada e cheia de informações. Os alunos da Hotec, a maioria já trabalhavam em restaurantes, pessoas simples e que procuravam se aperfeiçoar na profissão. Ah, todos tinham que levar a louça que usou, uma vez o pessoal foi embora, ficando só três na cozinha aula para organizar tudo, falei para o professor "isso é injusto". No outro dia, foi ensinado a como fazer uma feijoada completa, depois que todo mundo degustou, ele mandou o assistente dele fechar a porta e falou "Nana, fulano e ciclano estão dispensado, o resto só vão embora quando tudo estiver limpo e organizado". Amei a atitude dele, já que estava "redonda" de tanto comer feijoada, hahahaha.

O que de mais importante você aprendeu?
Por incrível que pareça, a se alimentar bem e a ter disciplina!
Em uma cozinha profissional, você precisa liderar, respeitar, realizar e fazer tudo conforme as normas e regras. Vai fazer um arroz? Precisa primeiro separar todos os ingredientes e itens a ser usados, lavar a cebola com a casca e depois de ter tirado a casca, lavar todos os itens utilizados, fazer uma apresentação e sempre ser crítica com a sua produção. Na época do curso, mesmo comendo horrores, já que tudo que era feito era degustado, cheguei a emagrecer por comer corretamente. Descobri também, que gastronomia é moda, ela não diferencia dos pratos que eram preparados pelas nossas avós. Cansei de ver minha avó e mãe, fazer técnicas ensinadas em curso na cozinha domiciliar delas. O grande problema de hoje, as pessoas trabalham fora e não tem tempo para dedicar a cozinha, fazendo de qualquer jeito ou comprando fora, por isso esse crescimento tão grande no ramo gastronômico. Não se enganem, pensando que o prato tem algum segredo. O segredo está nas técnicas corretas e no uso dos temperos.

E no dia-a-dia, o que você introduziu do aprendizado que teve?
Aprendi a cozinhar corretamente, rs. Não tem truques e nem manias. Cada cozinheira tem o seu dom na hora de dar o seu toque especial, a quantidade de tempero para aquele "humm" sexual alimentar.

Como você se divide entre a cozinha e seu trabalho?
Eu levo comida de casa para almoçar no trabalho e todos os dias eu faço janta. Normalmente eu não janto em casa, tomo um copo de leite e vou dormir, sempre brinco que eu vendo a minha janta para comprar o meu almoço. Depois que eu fiz o curso e criei o blog, eu utilizo o meu momento cozinheira para me purificar, sair toda a “inhaca” do dia fazendo comida, aprender e criar pauta para o blog. Quando tenho alguma encomenda, eu passo a noite na cozinha, já cheguei a dormir duas horas em uma noite, para realizar uma encomenda para uma produtora de televisão. Eu tive que fazer três tortas, duas cruas e uma assada, as massas prontas e os processos de montagem para apresentação de um prato gastronômico. Eu não fui a apresentadora, mas ela usou o material (as tortas) feito por mim. Só tenho certeza de uma coisa, eu sou muito chata quando estou fazendo produtos para vendas/encomendas, tem que ser perfeito e sem nenhum defeito. Para o blog eu faço os pratos mais relaxada, não me cobro muito, por isso o blog tem a minha personalidade e os meus leitores se identificam mais, saindo do padrão perfeição e sim, mais caseiro. Ainda tenho o sonho de realizar a pós-graduação em gastronomia, dar aula para faculdades e escrever dez mil livros de gastronomia.

Entre as duas profissões, qual a que mais você se identifica?
Eu amo as duas, não existe uma diferença. Tem hora que não dá para encarar a cozinha, não tenho espírito zen para criar pratos para apresentar ao blog e tem horas que estou tão de bode que nem escrever eu tenho vontade. Eu acho que o meu espírito é assim, divido o ato de comunicar ao mundo para trazer o amor e a gastronomia é a minha maior ferramenta para ensinar as pessoas a criar o amor. Quantas vezes recebo comentários e e-mails de pessoas que não tinham intimidade nenhuma com cozinha e por causa de mim, estão uma vez por semana no mínimo criando as suas receitas. Pela comunicação, conheci blogueiras que entraram em contato comigo falando que tal blog nasceu por causa do Manga com Pimenta, eu fico com os olhinhos brilhando por causa disso. Os dois são necessidades básicas do ser humano, todos precisam se comunicar e alimentar, como não ter paixão diante eles? Eu amo demais tudo isso.

Corre lá no blog Manga com Pimenta e confira tudo isso e muito mais que a Nana apronta.

29 outubro 2009

Lembra da minha voz?

Sempre me questionei o motivo de algumas pessoas terem voz tão infantilizada. O mais engraçado é que geralmente a voz combina com a aparência, pequena e frágil. Como profissional de comunicação, sei que controlar o ritmo, volume e dicção pode ajudar muito uma pessoa a passar a mensagem.

A capacidade de falar de modo simples e claro é um dos instrumentos mais preciosos e poderosos que o ser humano tem. O bom uso da voz está ligado à respiração. Isso porque respirar corretamente ajuda na renovação da energia, melhora a fisiologia, faz com que você pense com mais clareza e fale com mais segurança. A respiração diafragmática é a mais indicada para quem fala em público.

Conheço pessoas que, além de ter a voz fina, fazem de tudo para infatizá-la mais, criando palavras e trejeitos como fazer beicinho, no estilo Tati Bi Tati. Cientificamente, essas pessoas não incorporaram seu amadurecimento de idade e do corpo e querem, a todo custo, manter-se jovens

28 outubro 2009

Matutando

Como nem tudo na vida são flores, sempre nos deparamos com situações complicadas quando falamos em família. E na minha não podia ser diferente. Sobrinhos crescendo, "adolescendo" e dando trabalho.

A verdade que é nós adultos, mães, pais, tias e avós, sempre sonhamos e esperamos que nossas crianças optem sempre pelo caminho correto, e a decepção é tremenda quando decidem fazer o contrário.

Cresci ouvindo o que chamava de ladainha da minha mãe que devia escolher bem minhas companhias, que mentira tem perna curta e não leva a nada. Pois é, hoje percebo o quanto foi importante ouvir e seguir todo aquele sermão. Pena que os jovens de hoje, além de achar que os adultos 'não estão com nada', ainda querem experimentar tudo junto ao mesmo tempo de qualquer jeito.

Quem disse que apenas mãe padece no paraíso?

26 outubro 2009

I Promoção do Mundinho Particular

Se você ainda não participou, corre que ainda dá tempo.

É bem simples: basta escrever em uma frase "Meu Mundinho é...", junto com nome e sobrenome, e-mail e blog (se tiver).

As frases só serão aceitas apenas neste post aqui até o dia 28/10 (quarta-feira) às 24h00, pessoas residentes no território brasileiro. A frase mais criativa leva um brinde surpresa.

Animem-se, pessoas. Participem!

23 outubro 2009

Yes, nós temos um UNO

Que brasileiro é louco por carro, todo mundo sabe. Mas entrei pra uma família que é um pouco mais do que louca por eles: são loucos pelo Fiat Uno. É exatamente esse modelo que você vê aos montes pelas ruas, o carro mais barato do Brasil, a botinha ortopédica, é ele mesmo. A primeiro modo, é difícil compreender como alguém pode ser apaixonado por um carro como este, considerando que as pessoas em geral preferem modelos da Audi, Porsche ou Ferrari. Mas não esta família.

Tudo começou em 1991 quando a minha sogra comprou um modelo CS 1.3 - 1988. Não durou muito tempo, pois foi roubado, recuperado e vendido poucos meses após a compra. Até aí, a família Caleffi simpatizava mais com a marca Fiat do que com o modelo Uno em si e tinha outros carros da marca. Quando em 1997 veio o que seria o mais querido de todos os carros que passaram pela família até ali: um SX duas portas na cor vinho (eca!) 1997. Veio como parte de pagamento de um apartamento vendido pela família, tinha apenas 8.000km rodados, era quase novo. Foi nesse Uno que o Ronaldo aprendeu o que era um carro, andando no banco de trás dele e observando as trocas de marcha, seja com a mãe ou com o pai dirigindo. A cada dia que passava, cada volta com o carro, a família se apaixonava mais pelo modelo, ainda mais quando o comparava com os demais carros. Muito econômico, espaçoso e de manutenção extremamente barata. Viajaram pra Minas Gerais e Rio de Janeiro com ele. Era só encher o tanque que o Uninho estava pronto pra qualquer parada. Quatro anos depois ele teve que ser vendido para pagar parte do pagamento de um apartamento no centro de SP, onde hoje mora a Vovó Metralha.

De 2001 à 2003 a família passou por uma situação complicada, e infelizmente não conseguiu comprar outro carro. Sempre ficavam babando nos Unos, mas a situação estava complicada. Mas em 2004 (fevereiro, pra ser mais precisa) tiveram a oportunidade de adquirir um zero-quilômetro. Era um Fire 2003/2004 quatro portas, preto. Não era só a realização do sonho do zero que todos têm, era um Uno!! Depois de sentir tanta saudade do outro, o Fire preto veio pra suprir a lacuna. Foi nele que o Ronaldo dirigiu boa parte da sua época de permissão da CNH e até comprar o seu próprio Uno (calma que eu chego lá). Até eu andei bastante nele, pois trocávamos de carro com o pai do Rô no dia do nosso rodízio. Esse, durou cinco anos antes de ser vendido.

Em 2007 conheci o Ronaldo. Logo casamos e precisávamos de um carro. Ele nem me deu escolha. Compramos um Uno zero km 2007/2008 preto, duas portas. Na ocasião, compramos o carro sem ter pensado muito, pois deveríamos ter adquirido um quatro portas com opcionais. Mas tudo bem (quero dizer, pelo menos a prestação é mais em conta), aprendemos a lição. Ele é o xodó do Ronaldo, e de certa forma é o meu também. Comer dentro dele? Nem pensar. Beber? Nem água. Pés no banco? Mão no vidro? Morte certa.

Eu, Rô e nosso filho.


Claro que hoje,ele já não se parece mais com aquele que compramos. Faróis com lâmpadas de xenônio (famoso xenon), suspensão rebaixada, rodas e pneus esportivos e um som que ocupa metade do porta-malas são só algumas coisas feitas nele até hoje. E pelo o que conheço o Ronaldo, ainda virão muitas outras. Antes eu ficava brava, hoje não ligo porque sei que não adianta. Paixão é paixão e eu também tenho as minhas.

No começo de 2009 os pais do Rô puderam comprar outro carro. Dou um doce pra quem acertar qual é. Óbvio. Um Uno Economy Way - quatro portas, preto também. A vendedora disse: “Mas por que vocês não levam um Palio? Sai praticamente o mesmo preço, além de ser mais bonito”. Só não apanhou porque é muito gente boa. Esse é um pouco mais bacana que os outros que passaram pela família, pois veio com alguns luxos de fábrica. Admito que a Fiat melhorou demais nesse tal de Way, é muito confortável e silencioso. E isso posso dizer com toda certeza, pois sou obrigada a reparar em todas as diferenças, modelos, detalhes e todas essas loucuras de apaixonados por carros. Para eles, eu tenho que ser uma “Uneira” também, mesmo que contra minha vontade.

Resumindo, temos hoje 2 Unos pretos. No total, foram 5. Hoje aprendi a gostar do modelo, talvez não como eles, mas gosto. Nessa família, Uno é religião. São capazes até de sair na porrada com alguém que fala mal dele. E,posso garantir, não para por aí. O irmão do Ronaldo completará 18 anos em junho do ano que vem. Seria até um insulto dizer que ele, que já está trabalhando e juntando seu dinheirinho, não vá comprar mais um Uno pra família. Fora que, quando mudarmos pra outro bairro (quando o apê ficar pronto), o Ronaldo irá comprar um carro (Uno) mais antigo pra ir trabalhar (hoje ele vai de ônibus só pra não dar muita kilometragem e não “gastar” o carro, mas com a mudança isso não será mais possível).

Não podemos esquecer também dos planos que ele tem com meu sogro: Comprar um exemplar ano 1985 (tem que ser esse, porque é o primeiro ano dos Unos no Brasil), não importando como ele esteja, para reformá-lo e deixá-lo como novo, totalmente original. Aí, em 2015, eles colocarão a placa preta, marca máxima da originalidade de um automóvel com pelo menos 30 anos de vida, sendo digno de coleção.

22 outubro 2009

Casório, lua de mel e afins

Comentei por aqui que eu e o Rô resolvemos (enfim) oficializar nossa relação. Esse era um desejo antigo, mas sempre pensamos em como comemorar tal evento numa família relativamente grande, o que nos custaria um planejamento minucioso somado a um custo alto.

A ideia sempre foi dispensar as formalidades do religioso, já que temos religiões e crenças distintas, e sim promover uma festa para reunir parentes e amigos. Mas a viagem de lua de mel nunca foi descartada, na verdade sempre foi o nosso desejo maior, e como a grana está limitada optamos apenas por ela.

Com a facilidade de viajar na América Latina e com a proximidade da Argentina, escolhemos Buenos Aires que sempre reinou em nossos destinos preferidos. Porém, como sou "nova de casa" na empresa que trabalho, ainda não tenho férias, casar durante a semana foi a medida que adotamos para podermos passar 05 dias terra dos hermanos.

Pois bem, casarei oficialmente em 01 de dezembro, uma terça-feira, depois de muito perambular pelos cartórios de registro civil de vários bairros próximos de onde moramos, afinal os cartórios tem dias distintos para realização da cerimônia. Para quem não sabe, os noivos devem dar entrada no processo de casamento no cartório mais próximo da residência da noiva ou noivo, mas podem pedir transferência para o cartório de preferência ou em casos de escolha do dia para realização, como eu. No mesmo dia seguiremos para nossa tão esperada viagem.

Estamos envolvidíssimos com valores, reservas, consultas a serviços, passeios, etc. Tenho pesquisado bastante sobre o local e "pegado" algumas dicas com pessoas que lá estiveram. Estamos empolgados, adoramos viajar. Sabemos que essa viagem será no estilo econômica, é verdade, mas tudo está sendo planejado com tanta alegria que será inesquecível com certeza. Torçam por nós.

Volto depois para contar como andam os preparativos.

21 outubro 2009

Mais selinho

A Elaine Gaspareto, querida amiga do blog Um pouco de Mim me indicou para este prêmio.

A regra diz que "este selo é concedido a blogs em reconhecimento de seu valor, esforço, ajuda, transmissão de conhecimento. Além disso, também é uma ajuda mútua de divulgação entre os blogueiros, sem interesses pessoais, visando apenas ampliar pela net todo o serviço de informação e transmissão através de pessoas que, como nós, tem a intenção de divulgar matérias voltadas para as áreas de interesse humano.

Devo indicar 15 blogs para repassar o selo. Mas, vou indicar apenas para uma amiga que acaba de chegar por aqui, a Nanda do blog O outro.

20 outubro 2009

Elasticidade

Há alguns dias atrás, a Lidiane do Bicha Fêmea, alegrou meu dia com a indicação de um selinho e com belas palavras sobre mim. Se antes eu já admirava essa Bicha, agora sou fã de carteirinha declarada.

Querida, obrigada por alegrar meus dias com seus posts e seus comentários sempre tão pertinentes e alegres. Encontrá-la aqui na blogosfera foi um belo presente pra mim e fico muito feliz por compartilhar um pouco do seu dia-a-dia conosco. A vontade de conhecê-la é mútua, bora resolver essa pendência?

Vamos ao selo prá lá de especial.



Todos sabem que a mulher de hoje tem que ser elástica, equilibrista, malabarista, praticamente uma artista de tantas habilidades. Mas é isso que faz todas tão diferentes e fantásticas, não é mesmo.

Escolhi uma pessoa muito especial que faz um pouco de tudo e se tiver mais um pouco, ela encara. Estou me referindo à Leticia do blog Casa de Catarina. Ela trata todos os seus leitores com extremo carinho e mostra para gente que consegue ser filha, profissional e artesã de mão cheia em diversos pontos. Querida, adoro você.

19 outubro 2009

Obra? Socorro!

Há exatos dois meses teve início no prédio onde moro, uma obra geral para a troca das colunas da rede de água e esgoto, devido um vazamento misterioso e duradouro. Para quem mora em prédio antigo sabe da proporção dos problemas.

Pois bem, como a obra é feita durante a semana e ninguém fica em casa nesse período, tivemos que deixar a chave sob a responsabilidade do zelador. Sabíamos também que a obra começaria a partir do meu apartamento que fica no primeiro andar. Prometo que tentei ao máximo segurar minha paciência durante todo esse tempo, pois não queria de maneira nenhuma ser comparada com minhas vizinhas idosas ranzinzas e correr o risco de alguém querer se vingar enquanto eu não estivesse em casa.

Mas os últimos e constantes acontecimentos têm me deixado furiosa. Além de ter que conviver com poeira e sujeira, a coluna do banheiro, dentro do box, foi quebrada e o meu vizinho de cima quando toma banho, fica pingando água sem parar em meu banheiro, o que já provocou uma mancha horrorosa preta no teto do banheiro e fez a pintura se soltar. Além disso, meu box que é daqueles antigos, não desliza mais como antigamento, devido aos inúmeras pedregulhos minúsculos que se instalaram no suporte do chão. Para amenizar o sofrimento, sempre deixei à mão, uma vassoura para recolher o barro que escorria com a água proveniente do banho do vizinho. Isso sem contar a lavagem diária do banheiro para que possa ao menos ser utilizado.

Cheguei em casa na última quinta-feira e quase tive um treco: além da cozinha estar tomada de poeira e vestígios de cimentos (inclusive na pia e fogão), o banheiro estava intransitável e até a coitada da minha vassoura havia sumido.

Chamei o zelador e mostrei a ele tudo o que acontece em meu apartamento desde que iniciou a obra, inclusive o transtorno que tenho para lavar louça ou cozinhar, não sei o que fizeram na coluna que a torneira da cozinha não solta água, apenas pinga.

Todos os dias quando chego em casa tenho uma vontade imensa de chorar quando vejo como está minha casa. Agora entendo perfeitamente o que sente uma dona de casa que decide enfrentar uma obra enquanto mora na casa. Ó céus!

17 outubro 2009

I Promoção do Mundinho Particular

Se você ainda não participou, corre que ainda dá tempo.

É bem simples: basta escrever em uma frase "Meu Mundinho é...", junto com nome e sobrenome, e-mail e blog (se tiver). As frases só serão aceitas apenas neste post aqui até o dia 28/10 (quarta-feira) às 24h00, pessoas residentes no território brasileiro.

A frase mais criativa leva um brinde surpresa.
Animem-se, pessoas. Participem!

16 outubro 2009

Da série: Gente que faz

FILHA DO CORAÇÃO

Há quem diga que família é aquela que a gente escolhe. Já quando falamos de amor essa regra cai por terra. E quando nosso amor é dedicado para uma criança ele toma uma forma muito mais suave, mais verdadeira. Talvez seja pelo fato que aquele ser depende de nós, o que nos torna responsáveis por ele. Assim é a relação da Alethéa Casal com sua afilhada. No mês da criança, convidei essa querida amiga para contar um pouco desse nobre sentimento.

* Então você tem uma afilhada, conte pra gente como ela é.
A Natália é a menina mais doce que eu conheço. Mas ao mesmo tempo muito forte, firme naquilo que acredita, sabe? Desde bem pequena ela tem aquelas tiradas inteligentes, aquelas coisas que a gente fala "como é que ela, com esta idade, está falando isso?!" Não somos parentes, ela é filha de uma das minhas melhores amigas, amiga da época de escola. Esta minha amiga sempre falava que, quando tivesse um filho, eu seria a madrinha. Sempre fiquei muito lisonjeada com isso, pois a família dela é muito grande e, mesmo assim, ela me queria como madrinha de um filho dela! Mesmo não sendo parentes, a gente se parece demais. Às vezes me vejo nela, quando criança. Nas atitudes, no modo de agir, de encarar as coisas, é uma ligação muito profunda.


Alê e sua afilhada (a daminha) no dia de seu casamento



* A palavra AFILHADO deriva do significado de afiliar, TOMAR COMO FILHO. Para você sua afilhada tem essa representação?
Tem sim. Mesmo morando longe de mim, eu e a Nat (maneira carinhosa como a chamamos) temos uma ligação incrível. Já falei para a mãe dela que eu tenho certeza que isso é coisa de outras vidas - eu acredito nisso. Pode apostar que, se preciso fosse, eu cuidaria dela para o resto da vida, como uma filha. Ela mora no Espírito Santo e eu em Minas Gerais. Já avisei para os pais dela que, se um dia ela quiser vir estudar por aqui, que ela fica na minha casa, sem problemas. É uma relação totalmente diferente da que tive com a minha madrinha que, mesmo sendo irmã do meu pai, nunca se fez presente na minha vida. Meu padrinho, então, este eu nem sei por onde anda!

* Quais os valores que você acredita ser de sua responsabilidade?
Acho isso uma coisa muito séria, pois percebo que ela se espelha muito em mim. Outro dia, ela até disse para a mãe dela que queria ser jornalista, como a "Dinda". Procuro sempre agir da melhor forma, em todos os momentos da minha vida; mas, quando estou perto dela, procuro mesmo dar exemplos - ser educada com as pessoas, tratar meus pais e irmãs com carinho. Isso me fez lembrar uma situação: da última vez que ela esteve em Minas, saímos para tomar um sorvete e o rapaz da sorveteria deu o troco errado para mim. Na mesma hora, devolvi o dinheiro ao rapaz e ela soltou um "tá certo, né, Dinda! Pode ser que depois falte dinheiro para ele levar comida para a casa dele, né?" Acho, então, que todos os valores que procuro passar para ela são através do exemplo.

* Nos momentos que estão juntas, o que gostam de fazer?
Ah, muita coisa! Nós duas gostamos de trabalhos manuais. Recortamos, colamos, desenhamos, colorimos, pintamos, gostamos também de escrever. Gosto de começar uma estória e passar para ela continuar, para estimular este lado nela. Também assistimos clipes e dançamos! Ah, e não se espante: conversamos muito. Uma menina de 8 anos tem muito e nos ensinar. Fico lembrando de quando eu tinha a mesma idade e como tudo o que aprendi naquela época reflete na minha vida até hoje.

* Deixe um recado para quem ainda não teve essa oportunidade de ser madrinha.
Já ouvi uma pessoa dizer, certa vez, que não aceitaria ser madrinha de ninguém pois a responsabilidade é muito grande. E realmente é. Não pense que é só fazer aquele cursinho na paróquia, pegar a criança no colo para o padre jogar a água benta e pronto. Você será sempre um exemplo para aquela pessoa. Mas isso só será verdade se você realmente for uma pessoa presente na vida do seu afilhado. Não adianta sumir e aparecer com um presente no aniversário que, inevitavelmente, você não representará nada para esta pessoa. E vale a pena: o amor que a gente dá e recebe é muito bom!

Alê está passando por um momento único: está esperando seu primeiro herdeiro. Em seu blog ela conta detalhes dessa nova fase. Passe lá.

15 outubro 2009

E não ter a vergonha de ser feliz

Na semana passada, no caminho do trabalho, me deparei com uma triste cena: sentado no meio da rua, em um cruzamento bastante movimento, havia um homem chorando e gritando em desespero. Seus gritos eram um pedido para morrer e ele girava a cabeça freneticamente como se estivesse atordoado. Uma viatura da polícia estava parada junto ao homem com o objetivo de fazer ele mudar de ideia e não causar um acidente, caso algum motorista não visse a cena a tempo.

Quem passava por ali, podia perceber a sua dor e isso me afetou durante todo o dia. Fiz uma prece para que tudo ficasse bem, mas fiquei pensando o que poderia ter acontecido com aquele homem que tenha causando tamanho desespero. A cena também veio ao encontro do livro que estou lendo: Veronika Decide Morrer de Paulo Coelho. Há quem torça o nariz quando ouve falar do autor, mas esse livro nos faz pensar no que acontece conosco, na maneira que encaramos a vida e os acontecimentos. É um livro corajoso que retrata a história da personagem título que pensa que nada na vida mais importa, apenas a morte.

Sou extremamente otimista quando se fala em vida, temos problemas demais, é verdade. Mas o que determina a importância e intensidade é a forma como nós os encaramos. Já chorei muito, já tive a sensação de querer sumir, porém bastou uma noite de sono, uma prece, uma conversa com alguém que gosto, para que os problemas tomassem uma proporção menor e eu conseguisse enxergar uma solução.

Somos responsáveis pelas nossas vidas, e quem acha que a felicidade não existe, experimente estar com os amigos, fazer aquela comida que você tanto gosta, dançar sem se importar com os passos, tomar um banho de chuva, assistir aquela comédia, ficar de papo pro ar, planejar uma viagem, enfim, são essas pequenas coisas que nos faz ter certeza que viver vale muito a pena.

13 outubro 2009

Novidades

Mudar, substituir, trocar. Abrir as janelas. Dar lugar ao novo.
Como tudo na vida muda, um blog também precisa de modificações. Talvez em razão da modernidade ou com o simples motivo de atualizar-se.

Apresento a vocês o novo layout do Mundinho Particular. Um espaço que nasceu com o propósito de desabafar, de colocar pra fora aquilo que eu pensava. Com o tempo e com a chegada de novos amigos, ele tomou outra forma e essa nova roupagem vem dar ênfase à nova fase.

A responsável disso tudo é a Fabi Carvalhos, uma pessoa que chegou de mansinho, entre um comentário e uma visita, surgiram afinidades. Na troca de opiniões e desejos, ela gentilmente me presenteou com esse layout. Sim, ela me deu essa forma e essas cores de presente. Ouviu pacientemente cada ideia que tive, palpitou, deixou seu toque em cada cantinho e me deixou muito feliz. Fabi é uma carioca muito talentosa, tem realizado trabalhos de uma delicadeza ímpar, e daqui há alguns dias irá divulgar e oferecer seus serviços gráficos e de web designer, aguardem!

Pra quem já conhece, toda semana tem a participação de um amigo blogueiro. A série Gente que Faz continua a todo vapor com entrevistas de convidados divulgando suas opiniões sobre determinado assunto, um pouco de sua vida, algum talento, enfim um espaço especial que trato com muito carinho.

E como todos já sabem, uma blogueira se alimenta de comentários e aqui eles são sempre bem-vindos. Comentem, opinem, discordem, afinal esse é um blog democrático.

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Com não poderia deixar de ser, toda comemoração tem que ter algo especial. Portanto, esse é o lançamento da I Promoção do Mundinho Particular, que tem também o objetivo de conhecer as amigas e leitores que passam por aqui.

Para participar é simples: basta escrever em uma frase "Meu Mundinho é...", junto com nome e sobrenome, e-mail e blog (se tiver). As frases só serão aceitas apenas neste post até o dia 28/10 (quarta-feira) às 24h00, pessoas residentes no território brasileiro. A frase mais criativa leva um brinde surpresa.

Animem-se, pessoas. Participem!

12 outubro 2009

27 motivos pra sorrir

Esse post faz parte da promoção do blog Ainda Minina Má da mais querida e estrupícia amiga, Patrícia Pirota. Ela acaba de completar 27 aninhos e tá toda prosa com essa promoção.

A ideia é simples, listar os 27 motivos que me fazem sorrir. Fácil para mim que vivo rindo, rá.

1. Ver o sorriso do Rô
2. A gargalhada de um bebê
3. Uma reunião de família
4. Tomar cerveja com os amigos
5. Passar o final de semana com o Casal Desgraçadinhos
6. Ler os comentários aqui do blog
7. Saber que meu blog foi mencionado em algum lugar
8. Ser elogiada
9. Fazer alguém dar uma gargalhada
10. Aqueles brinquedos chamados sacos de risada
11. Receber uma ligação inesperada
12. Escrever bilhetes, cartas ou mensagens de amor
13. Receber bilhetes, cartas ou mensagens de amor
14. Iniciar um novo projeto
15. Concluir um projeto
16. Planejar uma viagem
17. Voltar para casa depois de uma viagem
18. Deitar na minha cama depois de um dia cansativo
19. Ver meu filme predileto
20. Falar ao telefone com uma amiga querida
21. Olhar fotos antigas
22. Fazer compras
23. Realizar um sonho
24. Ganhar um sorteio (bem difícil de acontecer)
25. Constatar que a cabelereira fe um bom trabalho
26. Ver minha casa limpa
27. Olhar no espelho. Tenho a mania de sempre olhar no espelho e sorrir, mesmo que seja um sorriso amarelo...

10 outubro 2009

Tudo bem na mais perfeita confusão

Acredito que perceberam que estive um pouco ausente da blogosfera nesta semana, embora os posts novos sempre estavam por aqui, as visitas que faço aos blogs amigos ficaram pendentes e serão mais espaçadas de agora em diante.

A verdade é que há alguns dias atrás a empresa onde trabalho passou por uma reestruturação e, de presente, ganhei novas funções. Se antes meu trabalho consumia bastante neurônios, agora estou pensando seriamente em adquirir novos porque meu estoque está a zero. Em apenas uma semana elaborei, revisei e emiti mais de 100 comunicações, um número muito significativo perto das 250 comunicações mensais anteriores, essa média definitivamente ficou para trás.

Tudo isso, e junto com a demissão de uma amiga querida, me deixou preocupada. O resultado foram duas noites seguidas de insônia porque quando fico estressada o sono é o primeiro a sair de cena.

Também teve o aniversário do Maridão nessa semana. Houve uma comemoração simples, entre família, mas muito animada, o que me deixou quebrada no dia seguinte para enfrentar mais um dia de correria no trabalho.

Decidimos que iremos oficializar a nossa relação. Portanto, casamento à vista, tudo muito simples é verdade, mas o ponto principal é a viagem de lua de mel. Conto depois que estiver tudo bem definido, prometo.

09 outubro 2009

Da série: Gente que faz

UMA MULHER QUE VIAJA E BLOGA

Que vivemos num país tropical, ninguém duvida. Mas que ele é realmente abençoado por Deus no que diz respeito à diversidade cultural e culinária do Nordeste Brasileiro poucos conhecem tão bem quanto quem vive lá. Convidei Fabiana Correia, minha amiga nordestina porreta, para nos servir como “um guia” do que tem de melhor por lá. Anote tudo o que diz e inclua no seu roteiro de viagem das próximas férias, por que não?

* O que nordeste tem de bom?
O nordeste “É tudo de bom”. Por cada cidade que você passa, por menor que seja, há de encontrar muita história, muita beleza, muito encantamento. Podemos citar artesanatos dos mais variados modelos, as pessoas são carismáticas e sempre dispostas a ajudar. É um povo acolhedor de verdade. Na sua grande maioria pessoas simples e de muito bom humor. Conheço pessoas que literalmente deixaram sua terra natal no exterior, Estados Unidos, Inglaterra, por saudades daqui, especificamente do nordeste.

Fabi e a família curtem a beleza do pôr-do-sol da Praia do Jacaré - Paraíba





* Qual foi o lugar mais inesquecível que visitou?
Meu pai tinha um emprego que exigiu mudar de estado muitas vezes. Por isso que andei tanto pelo nordeste. Meus pais são da Paraíba, meus irmãos mais velhos nasceram em Recife e eu e minha irmã mais nova ficamos com a fatia de Salvador. Hoje em dia, meus pais moram em Campina Grande, na Paraíba, meu irmão se mudou agora há pouco do Rio Grande do Norte e hoje mora no Ceará. Minha irmã mais nova mora em Recife, e eu e minha irmã mais velha moramos hoje em Maceió, então o Nordeste faz parte de minha vida literalmente. Não todo o nordeste, claro, mas uma parte muito boa e especial. Mas eu amo a cidade em que me casei, Maceió, e que moro desde os meus 11 anos. Confesso que as praias são os maiores atrativos de Maceió, com a sua água azulada, areias branquinhas e uma orla de deixar qualquer grande cidade de queixo caído. Mas há um lugar que amo de paixão em Alagoas, que é a Praia do Gunga, localizada no Município de Barra de São Miguel, fica há mais ou menos 30 km de Maceió, ao Sul. A praia é maravilhosa, com coqueiros, saliências de areias brancas e claríssimas, águas mansas, um verdadeiro paraíso. O acesso só é feito através de jangadas, pequenos barcos, escunas, que no verão fica difícil atravessar, de tantos turistas e adoradores da praia. Vale a pena! Também existe outra entrada, pela fazenda, mais é restrita a quem tem uma credencial.

* Indique um lugar perfeito para comer uma boa comida típica.
Ah, comer é comigo mesmo, né? E nossa cultura gastronômica por aqui é muito diversificada. Moqueca de peixe, macaxeira com carne de sol, crustáceos, sururu ao coco, a deliciosa tapioca de diversos recheios e por ai vai. Em Maceió, posso citar o gracioso Divina Gula, todo o tipo de comida que você imaginar encontra lá, fica no Bairro de Stella Maris e é super agitado à noite. Posso citar também o recente Budega do Sertão, gente, vocês não imaginam a quantidade de iguarias e diversidades que existe nesse restaurante, só comida de primeira e não custa caro. Lá podemos conferir vários tipos de peixes, crustáceos, feijão tropeiro, escondidinho de carne seca, arroz de polvo e o que sua imaginação alcançar. Ótima pedida! E na praia de Ponta Verde, várias barracas de tapiocas, cada uma melhor que a outra. Em João Pessoa existem várias opções, como as citadas anteriormente, acrescentando ai a fava com carne de carneiro, apetitosas. Eu só visitei em João Pessoa lanchonetes e o Bombordo Bar, na praia do Jacaré. A praia fluvial com o pôr-do-sol magnífico, beleza pura. E durante a passagem do pôr-do-sol, o instrumentista Jurandy do Sax, toca o conhecido Bolero de Ravel, é de uma beleza impar, um fim de tarde espetacular.

* Comente sobre a diversidade do artesanato local.
Em João Pessoa, há muita diversidade de artesanatos, principalmente roupas em algodão, o chamado algodão colorido que eles plantam. Ficam roupas lindas e diferentes. Na praia de Tambaú podemos ter uma boa dose de conhecimentos sobre artesanatos e os preços são ótimos. Em Maceió, podemos encontrar lindas rendas e toalhas ou roupas em filé, feitos por artesãs da cidade, criação passada de geração em geração. Podemos aproveitar para conhecer o Pontal da Barra, bairro de Maceió, que fica às margens da Lagoa Mundaú. Temos também a Feirinha da Pajuçara e o Mercado do Artesanato, com o mais puro artesanato local.

* O que todo turista não pode deixar de conhecer?
Ah, eu acho que todo turista adora mesmo uma praia não é? Principalmente quando ele vem do sul ou sudeste. No nordeste há uma infinidade de lindas, paradisíacas e magníficas praias. A maioria com pequenos restaurantes ou barracas. A cultura é diversificada, principalmente quando falamos em Folclore. No mês de junho temos as melhores Festas Juninas do País em duas maravilhosas cidades: Campina Grande e Caruaru. Eu não conheço o São João de Caruaru, mas conheço muito bem o de Campina Grande, e posso garantir que é tudo de bom. Quem gosta de diversão, muita alegria e cultura, não pode perder! As festas juninas lá duram o mês todo de junho, com shows de artistas consagrados, parques de diversões para a criançada, há também a pequena cidade, onde eles demonstram a cultura local. É muito interessante. Em Maceió, temos também as lindas piscinas naturais da Praia de Pajuçara. Águas cristalinas, mansas e rasas, podemos chegar lá em pequenos barcos e jangadas, e passar um dia maravilhoso, contemplado a natureza, os peixinhos nadando de pertinho, além da infraestrutura em termos de comes e bebes. Em Recife, não deixem de conhecer o Shopping Recife, um lugar onde podemos encontrar de tudo, lojas, restaurantes e lanchonetes para todos os gostos. Mas vá de chinelo e bem à vontade, porque é grande, espaçoso e parece que nunca vai acabar, rs. Em João Pessoa, já falei da Praia do Jacaré, com um pôr-do-sol imperdível. E para quem gosta, em Tambaba, há mais ou menos 30 km de João Pessoa, fica a única praia de nudismo (naturismo) do Nordeste, onde só é permitida a entrada de famílias, e homens só acompanhados. Eu não conheço, e nem pretendo conhecer, rs, mas deixo a dica! Bom, no mais, qualquer lugarzinho do Nordeste com certeza vocês iram se deliciar. Não deixem de conferir nosso mundinho por aqui.

Fabi, essa mulher viajante, nos mostra que é uma cozinheira de mão cheia, arteira nas horas vagas e ainda administra casa, filhos e dois blogs. Conheça um pouco mais: Delícias da Fabi e Ideias, Detalhes e Dicas.

07 outubro 2009

Feliz aniversário especial


Espero que este dia seja tão maravilhoso como tem sido estar ao seu lado.
É muito bom saber que você existe e que posso contar com você caminhando ao meu lado, presente em minha vida.
Amo você!

06 outubro 2009

Da série: pra refletir

"Perdão.
Sentimento puro, lindo, manso, misericordioso, próprio das almas nobres e elevadas; almas que se encontram sempre acima do mal que lhe quiseram fazer, almas cheias de caridade e amor ao próximo.
Quem perdoa o próximo está angariando méritos para si mesmo, perdão para seus próprios erros e indulgência para suas faltas."
Irmão Ivo.

05 outubro 2009

Vovó Metralha

Há quem diga que a terceira idade é a melhor da vida. Pois bem, a vó do maridão confirma a tese. Dona Neide é uma daquelas mulheres que amadureceram, mas não envelheceram. É infinitamente vaidosa e ativa. Tem vários amigos, faz compras, sabe o que está na moda.

Casou-se muito cedo e teve três filhos, separou-se quando ainda eram pequenos e foi à luta, criou seus filhos fazendo muita manicure. Mesmo desiludida sempre esteve aberta ao amor e decidiu que aos 70 anos ia ter um namorido, fato que comunicou à família de uma maneira espontânea e inusitada: por telefone. Há quem pensasse que enfim essa relação seria para toda a vida, mas Dona Neide provou o contrário, em menos de um ano, ela simplesmente enjoou e deu um basta. Alguns juravam que ela ficaria abatida, mas novamente a Dona Neide provou que é uma sagitariana verdadeira, deu a volta por cima e continua feliz da vida.

Dia desses, Dona Neide resolveu aprontar, ela que sempre foi ligada a jogos de azar e "batia ponto" nos bingos da redondeza (e outros que ficavam distantes também), estava se sentindo meio órfão com o fechamento dessas casas, e junto com uma amiga, resolveu conhecer um bingo clandestino, vizinho à sua casa. Para surpresa dos presentes, a polícia invadiu o local e encaminhou todos à delegacia. Como a quantidade de pessoas era grande, foram contratados táxis para fazer o transporte. Depois dos devidos esclarecimentos, ninguém foi preso, é claro.



Vó Neide e o Rô.

O acontecimento inusitado rendeu até uma matéria do jornal local, o SPTV. E a Dona Neide fez questão de ligar para os filhos, to-da-con-ten-te, informando que esteve no DEIC e passou na televisão. Dona Neide é mesmo uma figura.

02 outubro 2009

Da série: Gente que faz

UM POUCO DE PSICOLOGIA

Todo profissional já teve a oportunidade de participar de uma entrevista desemprego. O selecionador, a ansiedade e tudo que envolve esse processo seletivo pode render boas e más lembranças. Convidei minha amiga de longa data, a psicóloga Heloísa Torres, que trabalha com Recrutamento & Seleção há mais de 07 anos, para desvendar alguns mitos sobre o assunto.

*Antes de iniciar uma entrevista, quais os cuidados que um Selecionador precisa ter?
Acredito que a coisa mais importante é saber direitinho o perfil da vaga que está sendo trabalhada, principalmente as características comportamentais, pois serão elas que guiarão um Selecionador para a utilização dos instrumentos corretos no processo seletivo, como quais perguntas serão utilizadas, quais testes psicológicos serão efetuados e etc.

*E os cuidados de um candidato?
Percebo que a grande falha da maioria dos candidatos é irem para a entrevista despreparados. A coisa que mais me frustra em um processo seletivo é o candidato não fazer a menor ideia do que faz a empresa pelo qual ele está se candidatando a uma vaga. Esta pequena atitude de olhar no site e entender o que faz a empresa demonstra o mínimo de interesse por parte do candidato, além do cuidado que ele teve de observar se há identificação com os negócios da empresa.

*Como funciona um banco de dados de currículos?
Cada empresa utiliza um banco de currículos diferente. No meu caso eu recebo muitos currículos via e-mail, em papel e também via site da empresa, portanto toda vez que recebo uma vaga, antes de divulgá-la, eu pesquiso em todos estes bancos. Algumas empresas não recebem currículos de outra forma a não ser pelo seu site, o que facilita muito a vida do Selecionador, pois fica só com um banco de dados para consultar. Em nosso caso, como temos muitas vagas operacionais acabo por aceitar os currículos que vindo de todas as formas, o que tem me dá um trabalho maior no momento de triar os currículos, mas tudo bem.

*Quando há determinação de itens, como instituição de ensino, por exemplo, e você tem um bom candidato que não atende aos requisitos, como isso é trabalhado com o solicitante da vaga?
Quando há uma determinação do tipo “só quero alunos da faculdade x” o que eu geralmente faço é agendar uma dinâmica de grupo onde haja os alunos da faculdade x, mas também alunos da y e da z, e então convido o solicitante para participar do processo. Dessa forma, eles geralmente acabam esquecendo que o critério principal era a formação e avalia as competências, pois neste processo de dinâmica observam basicamente postura e comportamento, não a escolaridade.

*Às vezes o candidato espera um retorno sobre o processo seletivo que nunca acontece. O que é ideal?
Realmente tanto as agências como algumas empresas pecam neste sentido, pois se você promete retorno é preciso dá-lo. Particularmente acho falta de educação e empatia com o candidato prometer algo que não se pode cumprir. A situação de passar por muitos processos seletivos é extremamente estressante e angustiante para a maioria das pessoas, então o mínimo que o Selecionador pode ter para com os candidatos é respeito.

*Como funciona os processos seletivos internos?
Esses processos servem para atender as demandas de novas vagas com colaboradores da própria empresa. Visa motivar os colaboradores, reconhecer talentos internos e também promover um plano de carreira horizontal. Muitas instituições utilizam desta ferramenta e ela tende a ter ótimo retorno em clima organizacional.

*O que fazer para ser o candidato escolhido?
Não há fórmula mágica para ser escolhido no processo seletivo, pois quem está contratando depende de um perfil específico, que tem a ver com cultura da empresa, características da equipe atual e os públicos internos e/ou externos com os quais esta pessoa irá se relacionar, além das competências técnicas. Isso tudo é feito para que seja contratada a pessoa certa, para o lugar certo e não haja futuramente problemas de adaptação do colaborador com a empresa ou com a equipe. Mas se posso dar uma dica aos candidatos é: sejam sinceros, calmos, seguros e confiantes. Não tente adivinhar o que está sendo avaliado pelo Selecionador para tentar manipular as respostas e assim ter uma chance de ser aprovado, geralmente esta atitude fica perceptível e tende a prejudicar o candidato. Em minha opinião se você for honesto e estiver confiante, mas ainda sim não for o escolhido, sorte sua, pois com certeza seria uma oportunidade para o qual, a médio e longo prazo, você não se adaptaria. E peço que não temam os Selecionadores, pois apesar de não parecer, nós estamos pensando tanto no bem do candidato quanto no da empresa, para que este casamento tenha uma vida longa e frutífera.

Junto com mais duas amigas, Helô acaba de lançar o blog 3 Supernovas. Lá elas falam de carreira, diversão, relacionamentos e dão várias dicas. Quer conhecer?

Há algum tempo atrás publiquei um texto aqui sobre alguns absurdos que os candidatos presenciam, confira.