10 julho 2012

Saudades, saudades, saudades

Senti tantas saudades daqui, mas tempo para atualizar meu cantinho me falta demais. Hoje, depois de um feriado preguiçoso em Sampa, consegui dar uma escapada e vir contar o motivo do meu sumiço.

Na verdade, o mês de março foi marcado por um profundo desânimo meu. E estava realmente “chateada” com meu emprego, minha rotina, tava bem frustrada. E num belo dia recebi um telefonema seguido de um e-mail de uma amiga sobre uma vaga que resolvi arriscar e enviar meu currículo. Depois de uma entrevista recebi um retorno positivo, mas confesso que não fiquei feliz, na verdade a vaga era ótima, mas a localização era pior do que meu emprego atual. Recebi muitos incentivos de amigos e da minha família, afinal a vaga era de coordenação, um novo desafio, mas minha intuição me dizia que eu passaria menos tempo com o meu filho.

O andamento das coisas no emprego atual estava de mal a pior, a atitude de algumas pessoas me deixaram decepcionadas, e pedi demissão em abril assumindo o novo cargo no mesmo mês. Juro que fui de coração aberto, afinal eram novas pessoas, novos processos, outros ares, e realmente gostei. Mas (e sempre tem um “mas”), minha intuição não falha nunca (eu é que sou rebelde e não a escuto), depois de pouco tempo percebi que a distância e o tempo que levo de minha casa é absurdo, além das exigências que recebo. São 2 horas e meia para ir e voltar, independente do horário que saio de casa ou do trabalho. Posso optar em pegar 3 ônibus ou ir de ônibus + trem + metrô + ônibus. Legalmente, trabalho 1 hora a mais por dia, mas na prática trabalho muito mais, raramente consigo sair do trabalho no horário. São inúmeras reuniões e pelo menos uma vez por mês trabalho até às 23h devido uma reunião que participo. E tenho ainda que trabalhar aos sábados quando há eventos.

Se estou feliz? Definitivamente não. Com essa troca de emprego consegui pegar as chaves do meu apê (conto depois) e assumi novas responsabilidades, o que faz um bem danado ao meu currículo. Em contrapartida, vejo meu filho muito pouco, apenas 1 hora por dia, e nos dias que tenho reunião, simplesmente só o vejo dormindo. Tudo tem me deixado muito triste. Tenho investido no bem-estar de minha família na parte financeira e na minha carreira, mas tenho deixado a desejar no tempo que passamos juntos e perdido momentos únicos na vida do meu filho.

Tenho aquela impressão que estou terceirizando as coisas. Lembro do que eu sentia quando era pequena e minha mãe trabalhava, o dia de folga dela era um dia muito especial para mim, beirava a felicidade tê-la por perto. Vivo angustiada por isso, choro às vezes. Parece que a aquela culpa de mãe é eterna mesmo.

* Prometo voltar para atualizar o que aconteceu nesses três meses que estive ausente.

Um comentário:

Creuza Moura disse...

Dona Rosi que saudade!
relaxa que o publico do blog e cativo e se você postar a gente lê, se der tempo a gente comenta ok?
A culpa é companheira a mãe, fato, procure passar o tempo que tiver com o pequeno com qualidade 200% e o que ameniza esta dorzinha chata no coração.
megabeijo