09 outubro 2013

Desfraldando

Desfraldando aos 2 anos e 7 meses

A tão temida fase do desfralde bate em minha porta há tempos.

Além da pressão da escolinha, afinal o Dudu era um dos únicos de sua sala que ainda usava fraldas, notava com frequência uma leve alergia nos locais onde o elástico da fralda ficava (e nem adiantava mudar a marca). Dudu também demonstrava curiosidade quando íamos ao banheiro, questionando o que estávamos fazendo, enfim...sabíamos que era chegada a hora.

Nas semanas anteriores, comprei cuequinhas coloridas e especiais (de personagens) e um livro do Ursinho e o Peniquinho. Li para ele várias vezes, deixei que ele manuseasse, pegasse apreço pelo ato do xixi. A vovó Cris providenciou o redutor de assento para completar todos os acessórios necessários.

A Reunião de Pais e Mestres aconteceu num sábado pela manhã. Já havíamos recebido informações impressas e pessoalmente que o ideal era iniciar o processo no início do final de semana, logo pela manhã. Mas no domingo de manhã, Dudu começou a reclamar de uma coceirinha no bumbum e resolvi tirar a fralda. Quando ele sentiu que estava sem ela, chorou, falou que não estava bonito e foi para o seu cantinho. Lembrei das orientações das professoras e o convidei a vestir uma das cuecas do Homem Aranha que havíamos comprado. Ele se alegrou, vestiu a cueca e não quis mais saber da fralda.

Todo o processo anterior a esse fatídico dia foi recheado de muita conversa, todas orientadas pelas professoras e coordenadora da escola. Conversei muito com minhas amigas mamães. Compartilhei meu receio de ficar tanto tempo em trânsito, dentro do carro, no caminho da escola pra casa. Lancei mão de alguns truques ensinados pelas amigas e professoras (além de tudo o que é padrão que li em livros e sites):
  • Toda criança dá sinal de seu momento. Respeite! Nada de comparar ao filho da vizinha, por exemplo.
  • Levar a criança ao banheiro a cada 15 minutos inicialmente, mesmo sem ela manifestar vontade. E ir gradativamente aumentando esse tempo até que a criança esteja na fase de avisar sua necessidade.
  • Não perguntar: Você quer ir? Mas avisar: Vamos ao banheiro.
  • Forrar a cadeirinha do carro com uma toalha.
  • Sempre ter a mão (no carro, na bolsa, na casa de parentes) trocas de roupas para qualquer emergência.
  • Conversar muito com a criança sobre todo o processo. Avisar que ela está grandinha, por isso usará cuecas igual ao Papai (no meu caso), que são cuecas lindas, que ele não quer molhar o desenho da cueca, blábláblá.
  • Ensinar a criança a usar direto o vaso sanitário. Isso encurta muito o processo. Imaginem a criança aprender no penico e somente querer usá-lo e você ter que levar o penico pra cima e pra baixo, caso contrário, nada de seu filho fazer xixi.
  • Usar um redutor de assento. Assim a criança não fica com medo de cair naquele vaso sanitário enorme. Há modelos de assentos lindos no mercado. Dudu se apaixonou pelo modelo do Carros da Disney.
  • Vibrar com cada resultado. A cada xixi feito no vaso era uma festa e um tchau pro xixi.
  • Não brigar em caso de escapes. É melhor perguntar se ele esquecer do que conversaram, que não pode sujar a cueca linda do personagem preferido....Nada de causar traumas na criança, caso contrário, o desfralde é frustado e mais difícil.
  • É preciso parceria de todos: família, escola e qualquer pessoa que fique com a criança por um tempo. Todo mundo precisa falar a mesma língua e agir da mesma forma.
  • Dedique-se e tenha muita paciência!
Dudu teve alguns escapes. A maioria foi porque o adulto responsável por ele esqueceu de levá-lo ao banheiro. Isso é normal. 

Já contabilizamos quase um mês do processo e muitas vitórias. Não tenho pressa para a conslusão disso, ele está indo muito bem! Geralmente a fralda noturna amanhece seca (sim, iniciamos por fases, primeiro a fralda diurna) e na noite passada, por um esquecimento do Papai, Dudu dormiu sem fraldas e acordou sequinho (todas comemoram!!!)

Um comentário:

Cláudia Leite disse...

é, preciso iniciar lá em casa, tô com medo!
Obrigada pelas dicas!